A busca por praticidade está entre os fatores que mais influenciam os consumidores brasileiros a optar pelos supermercados na hora de comprar carnes. Atualmente, esse é o canal preferido de mais da metade (66%) dos moradores de São Paulo, Grande São Paulo e Campinas, conforme aponta pesquisa de múltipla escolha feita, em setembro de 2014, pela Hibou, a pedido da marca de carnes temperadas Deliziare. Açougues de rua são a primeira escolha de 42% dos 1321 entrevistados. Já 23% vão a mercadinhos de bairro e a hipermercados;19% optam por casas especializadas e apenas 1% compra por delivery. Comer carne diariamente é uma rotina mais comum para os consumidores de Campinas. Quase 60% come carne todos os dias. Na capital paulista esse percentual é de 42%. No Estado, 39%. As respostas são de múltipla escolha.
Preço não é tudo
Oferecer atendimento e produtos de qualidade é fundamental para os supermercados seguirem como o principal canal de compras da categoria. Afinal, o estudo da Hibou revela que preço, diferentemente do que muitos varejistas imaginam, não é o atributo que mais pesa na decisão de compra de carnes. Para a maioria dos entrevistados (77%), a cor da peça é o quesito de avaliação mais importante. Eles compram quando a carne está vermelhinha. Já para 44% o que conta é a data de validade. Outros 24% consideram o fato de o estabelecimento ter o tipo de carne e o corte de sua escolha. Ou seja, as decisões estão baseadas em questões que envolvem qualidade do produto e atendimento. Apenas 25% considera preço e a minoria (10%) leva em conta a embalagem do produto.
Selos obrigatórios
As dicas para atender a esses quesitos envolvem procedência do produto, recebimento, armazenagem, manipulação e exposição. A primeira coisa é procurar frigoríficos que garantam todos os selos exigidos pelos órgãos públicos de fiscalização, como o S.I.F (Selo de Inspeção Fiscal) emitido pelo Ministério da Agricultura. Há outros não obrigatórios, porém levados em conta por, cada vez mais, consumidores. Aqueles que atestam se a carne é proveniente de fazendas que seguem rigorosas normas internacionais de bem-estar animal, conservação ambiental, de respeito aos trabalhadores e às comunidades locais, são um exemplo.
Temperatura e prazo de validade no recebimento
Durante o recebimento das carnes é importante ficar atento à sua temperatura. Com um termômetro, funcionários conseguem verificar se está entre zero e 7ºC. Esse é o recomendado pela vigilância sanitária de São Paulo. É importante verificar as regras em cada região, pois costumam ser diferentes. Nessa etapa, a data de validade e os selos dos produtos também são analisados. O ideal é que o prazo de vencimento seja de, no mínimo, 30 dias. A recomendação é devolver as cargas que apresentarem problemas. Alguns supermercados trabalham com um estoque de até quatro dias para reduzir o risco de perdas, devido a vencimento do produto.
Regras de estocagem e manuseio
A câmara frigorífica, onde as carnes ficam armazenadas, precisa ter temperatura entre zero e 4ºC. Na área de preparo, a temperatura fica entre 12ºC e 18ºC. Uso de máscara, uniforme de cor clara, luva de malha de aço, além de cabelos cobertos, botas e avental é obrigatório para os funcionários que vão manusear as carnes. Também não podem falar durante o trabalho. Os utensílios utilizados para corte devem ser de aço inox. Já a tábua de material resistente e cor clara, impermeável, livre de rachaduras e ranhuras.
Cortes mais pedidos
Em relação aos cortes, a pesquisa aponta que os tradicionais são os mais pedidos. Entre estão alcatra (44%), contra filé (42%) e a carne moída (27%). Na sequência, filé mignon, picanha e o corte de cachão mole, com 23% das respostas.
Carne sempre macia e padronizada
O corte ideal deve ir no sentido contrário às fibras. Assim, a carne fica mais macia. Estipular um peso padrão para as fatias e os cubos, por exemplo, ajuda a evitar perdas. Algumas redes participam de programas de boas práticas oferecidos por frigoríficos. É comum ensinarem diferentes tipos de cortes, regras de segurança alimentar e processos para evitar desperdícios. Vale a pena procurar.
Maior agilidade no atendimento
Cortes já preparados, embalados e disponibilizados em gôndolas refrigeradas são uma solução para supermercados. Afinal, oferecem maior agilidade no atendimento ao público. E para garantir que o produto seja de qualidade há algumas dicas.
Maior conservação e etiquetagem
O uso de embalagem de película sílica é recomendado, porque absorve o sangue da carne e ajuda na conservação do produto. As etiquetas são coladas no filme plástico que envolve a embalagem, sempre do lado esquerdo superior da bandeja. Além de padronizar, permite ao cliente conferir o aspecto da carne pela lateral direita. Nas etiquetas precisa constar preço, informações sobre o tipo de carne, sua procedência, datas de validade e manipulação.
Se você quer oferecer atendimento e produtos de qualidade na seção de carnes de sua loja, não deixe de considerar essas dicas!